DEZEMBRO, INÍCIO DO VERÃO, COM POUCAS CHUVAS E QUENTE NA CIDADE DE BAURU
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04/01/2024
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O mês de dezembro/2023 terminou seco e com poucas chuvas na cidade de Bauru, tendo em vista que o acumulado mensal registrado em Bauru foi de apenas 103,6 mm, inferior a 54,2 % a média climatológica para o mês (226 mm). Este resultado indica que choveu apenas 45,8% da média de novembro, ou seja, menos da metade das chuvas esperada para o mês. Desde 2017, que registrou o acumulado de chuva mensal de somente 95,0 mm, esse foi o menor volume mensal nos registros da estação meteorológica automática do IPMET.
Durante o mês, os maiores volumes de chuvas registrados na estação do IPMET foram: 25,7 mm (dia 23/12), 24,1 mm (dia 21/12), 16,0 mm (dia 30/12), 14,5 mm (dia 15/12) e 12,2 mm (dia 17/12) e 9,4 mm (dia 10/12), conforme visto na figura acima. As chuvas foram provenientes pelas passagens de frentes frias pelo estado, áreas de instabilidade e pela formação de chuvas convectivas, causadas pelo forte calor e alta umidade atmosférica.
As tardes foram quentes em dezembro, com ondas de calor com registros de temperaturas máximas que ultrapassaram os 40 graus em várias partes do país. Em Bauru, registrou-se valores diários das temperaturas máximas acima da média de dezembro (30,5 ºC) em praticamente todos os dias do mês, como está exposto na figura acima. O recorde da temperatura máxima diária foi 39,0°C no dia 15/12, o qual foi o maior desde 2001, segundo os dados da estação.
No dia 22 de dezembro de 2023, à 0h27 iniciou-se estação do verão deste ano no Hemisfério Sul (solstício de verão), a qual é caracterizada pela elevação da temperatura em todo o País devido à posição da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos do que as noites e provocando rápidas mudanças nas condições do Tempo.
Para a Região Sudeste do Brasil, e em particular para o estado de São Paulo, o verão é considerado como uma estação climatologicamente quente e chuvosa, caracterizada pelas altas temperaturas e pelos elevados volumes de precipitação. As pancadas de chuva ou "chuvas de verão”, de caráter convectivo e formadas pelas nuvens cumulonimbus que provocam tempestades, principalmente no período da tarde, com forte intensidade e curta duração, acompanhadas de trovoadas, descargas elétricas, rajadas de ventos e queda de granizo, causando sérios transtornos as áreas urbanas.
Este ano o verão está sob o domínio do fenômeno El Niño, com intensidade moderado/forte, e que é o aquecimento anômalo da temperatura da superfície do mar (TSM) no Oceano Pacífico Equatorial e com alta probabilidade (entre 80% e 90%) para permanecer até o trimestre março/abril/maio de 2024 e que. Portanto, para o verão na Região Sudeste, em particular para o estado de São Paulo, condições favoráveis para chuva acima da climatologia e temperaturas com valores acima da média, em função do El Niño que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões.
Elaboração: Met. Zildene P. O. Emídio.
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